quinta-feira, 19 de julho de 2012

Passo a Passo, Chegamos à Santidade



A Pastoral Juvenil da nossa Diocese promoveu uma peregrinação ao Santuário de Fátima nos dias 29 junho a 1 de julho. Nesta segunda edição do “Passo a passo chegamos à santidade”, os cerca de 20 jovens peregrinos tiveram como padroeiros Santa Catarina de Sena e o beato Pier Giorgio Frassati. Aqui fica o testemunho da Sílvia Leite, de Tomar.
  
 ”Vamos começar meus caros! Encontramo-nos no largo da Igreja!”, foi assim que começou uma história escrita por Deus.
 Lembro-me que a primeira subida parecia que ia dar ao céu e mal sabia eu que aqueles dias iam ser um pouco disso mesmo!
Caminhámos bastante, sozinhos ou acompanhados, a conversar ou em silêncio. Via-me rodeada de pessoas firmes, devotas e atentas, com um reflexo inconfundível – o de Deus. A paisagem era arrebatadora, tudo à minha volta brilhava, sentia-me dentro de um quadro pintado por Alguém cujo Amor me esmagava e fazia sorrir. Nem me lembrava das dores nos pés, eram secundárias perante aquela grandeza. Sentir dor não era novo para mim, mas torna-la secundária nem sempre é possível. É fácil ficar presa nas dores da vida, nos meus problemas e esquecer-me da imensidão de Amor que me rodeia na natureza, nas pessoas e até mesmo na minha vida.
Sentia-me pequenina, incapaz de expressar-me por palavras. Percebi que não estava ali porque me apetecera ir, estava ali porque Alguém queria que eu estivesse e tinha construído tudo aquilo e sentir isso na pele tirou-me o folego.
Aquela atmosfera fez com que caminhasse também pela vida e tentando confrontar o que sou com o Tudo que Deus é, deu para perceber que a sintonia nem sempre é perfeita, o que causava inquietação e alguma angústia. Mas, mais uma vez, foi a vida dos que partilhavam comigo aquela pintura que me relembrou que Maria estava disposta a guardar as nossas preocupações e a entrega-las ao Pai. Senti que a Fé é mesmo para ser partilhada, por mais que possa custar, a Fé que temos vem d’Ele e se nos foi dada é também dando que a fazemos crescer e transformamos o que tiver que ser transformado.
A chegada ao Santuário foi “qualquer coisa”. Foram as mãos apertadas dos que passaram dois dias comigo, foi a segurança, foi o silêncio que tocava o Céu, foi a oferta de cada inquietação e dor, foi o abraço que só o Amor de Deus pode dar, foi a Paz.
Na partida as palavras tinham sido escolhidas por Ele: ”Não temas, basta que tenhas Fé”. A alegria era muita por ter sido capaz, por me sentir muito amada e por me sentir capaz de tudo o que Ele quisesse.
Foi assim, uma história que não tem fim, mas com vários finais felizes que se medem pela intensidade com que se vive cada momento presente.

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